Motolâncias agilizam em até 10 minutos os atendimentos de emergência em Campinas; conheça

  • 27/07/2025
(Foto: Reprodução)
Com média de 3 a 4 atendimentos por dia, motolâncias ampliam agilidade do SAMU em Campina Elas não transportam pacientes, mas podem ser essenciais para salvar uma vida. Circulando entre os carros em horários de trânsito carregado, as motolâncias do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) chamam atenção com as sirenes como ambulâncias e mochilas com equipamentos de resgate. Siga o g1 Campinas no Instagram 📱 Ativo em Campinas (SP) desde 2018, o serviço realizou 1.412 atendimentos entre maio de 2024 e julho de 2025, segundo a Rede Mário Gatti. A maior parte das ocorrências envolve traumas — como acidentes de trânsito e quedas — e emergências clínicas, como paradas cardiorrespiratórias e hipoglicemias. O trabalho é feito em duplas. Duas motos saem juntas, cada uma com uma parte dos materiais essenciais para os primeiros socorros. Quem pilota são profissionais de enfermagem com treinamento em pilotagem e urgência. A ideia é clara: chegar antes da ambulância e iniciar o atendimento. No Dia do Motociclista, celebrado neste domingo (27), o g1 conversou com Luis Carlos Júnior e Claer Luciano, socorristas de motolância em Campinas, para entender qual o objetivo e as particularidades do serviço — que ainda surpreende quem vê de perto pela primeira vez. "A gente chega, a pessoa olha, faz aquela cara de indignação, fala assim: 'mas eu estava esperando a ambulância'", comentou Luis. Atendimento rápido e estratégico De acordo com Claer, o objetivo do veículo é reduzir o tempo de resposta entre o chamado e o início do atendimento. Ele explica que como, as motos circulam com mais facilidade no trânsito, elas tendem a chegar mais rápido do que as ambulâncias nas ocorrências, especialmente em horários de pico. Vantagem que pode ser decisiva para a estabilização de quadros clínicos graves, como paradas cardiorrespiratórias, afogamentos, engasgos, convulsões, hipoglicemias e acidentes com vítimas graves. “Um exemplo bem clássico da efetividade da motolância é no caso de hipoglicemia. A gente chega com o tempo-resposta bom, inicia o tratamento e, em poucos minutos, o paciente que estava inconsciente já acorda”, contou Claer. De acordo com os socorristas, a diferença de tempo entre a motolância e a ambulância para a chegada até a ocorrência varia de acordo com o trânsito e o endereço do chamado. Segundo eles, a estimativa é que com o uso da moto os profissionais cheguem de 5 a 10 minutos antes no local do atendimento. Como funciona o atendimento 🏍️ De acordo com os socorristas, as motos circulam sempre em duplas. Cada veículo é responsável por transportar uma mochila equipada com materiais para diferentes tipos de atendimentos. Uma leva itens respiratórios e de trauma; a outra, medicamentos e insumos clínicos, além de um tablet que funciona como GPS . Isso permite uma ação imediata em situações críticas até que a ambulância chegue. Ao chegar na ocorrência, os profissionais são responsáveis por iniciar o atendimento no local, estabilizar o paciente e acionar os recursos necessários. Cada veículo é responsável por transportar uma mochila equipada com materiais para diferentes tipos de atendimentos. Estevão Mamédio/g1 Segurança e preparação ⛑️ De acordo com Júnior, por questões de segurança, as motolâncias não operam durante a noite nem em dias de chuva. Essa determinação é um protocolo do Ministério da Saúde para proteger os profissionais em condições de baixa visibilidade ou risco aumentado. Júnior explica que, para atuar sobre duas rodas, não basta saber pilotar. Os motociclistas passam por cursos específicos de direção defensiva e pilotagem em situações extremas. No treinamento, aprendem também como se comunicar durante o deslocamento até as ocorrências. Como os capacetes não possuem rádio comunicador integrado, os profissionais seguem um protocolo de sinais corporais para indicar mudança de direção, redução de velocidade ou parada. “Essa comunicação por gestos é treinada e padronizada. A gente já sai sabendo o que cada sinal significa, porque não dá para tirar a mão do guidão para usar rádio”, explicou Claer. O uso de equipamentos de proteção individual também é obrigatório: capacete com viseira, jaqueta reforçada, joelheira, cotoveleira e protetor de pescoço. Apesar da motolância ser equipada com sirenes, Júnior conta que a falta de populariade das motolâncias é uma dificuldade muitas vezes perigosa no trânsito. Estevão Mamédio/g1 Dificuldades no trânsito 🚨 Apesar da moto ser equipada com sirenes, Júnior conta que a falta de conhecimento da população sobre as motolâncias é uma dificuldade perigosa no trânsito. Ele explica que os motoristas chegam a ouvir a sirene, mas procuram pela tradicional ambulância e acabam não vendo as motos, o que dificulta a passagem dos socorristas e pode causar acidentes. “Eu sofri um acidente por causa disso. A menina cortou na minha frente com a moto. Ela falou assim: ‘Moço, eu olhei para o lado, não vi a ambulância’. Mas eu estava de moto. Ela me fechou, a gente caiu”, relatou Júnior. 'Não quer dizer que a gente seja frio' Segundo os socorristas, trabalhar no Samu exige muito mais do que conhecimento técnico - é necessário ter equilíbrio emocional para lidar com situações extremas no dia a dia. Os socorristas ressaltam que, mesmo com o treinamento e a experiência, algumas situações deixam marcas emocionais. O preparo psicológico é tão importante quanto a capacitação técnica, e o trabalho em equipe também ajuda a sustentar a rotina intensa. “Não quer dizer que seja de frio. Na hora, a emoção a gente controla, a gente faz. Mas depois a gente senta e aí tem vezes que chega a ligar pra esposa chorando e contando, e aí dá aquele nó na garganta, mas na hora a gente faz. Mas tem muita coisa que abala a gente”, relatou Júnior. Como acionar o Samu? 🆘📞 O serviço do SAMU é gratuito e pode ser acionado em casos de emergências médicas com risco de vida ou que possam causar sequelas graves, através do número 192. Veja quando chamar o Samu, conforme o Ministério da Saúde: Na ocorrência de problemas cardiorrespiratórios; Intoxicação exógena e envenenamento; Queimaduras graves; Na ocorrência de maus tratos; Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto; Em tentativas de suicídio; Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito; Quando houver acidentes/traumas com vítimas; Afogamentos; Choque elétrico; Acidentes com produtos perigosos; Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio no ponto de união dos lábios são os sintomas mais comuns); Agressão por arma de fogo ou arma branca; Soterramento ou desabamento; Crises convulsivas; Transferência inter-hospitalar de doentes graves; Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/07/27/motolancias-agilizam-em-ate-10-minutos-os-atendimentos-de-emergencia-em-campinas-conheca.ghtml


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